Ontem foi a festa de Natal da Joana.
É a mais nova e andou estas semanas todas a ensaiar as músicas em casa, pedia-nos a todos para nos sentarmos no sofá, punha o CD e lá nos mostrava o que andava a ensaiar, não só a música que ela própria ia cantar, como todas as músicas da festa.
Nos últimos dias já nem pedia para nos sentarmos, já nem punha o CD a tocar, cantava em qualquer hora e em qualquer lugar.
Dei por mim a ficar com as músicas no ouvido e a cantá-las também.
E lá chegou o grande dia.
A Joana era o Duende Engenhocas da história.
Lá começou a festa e eu de máquina preparada a filmar e a fotografar tudo.(o engraçado é que quando vejo as imagens depois percebo que fica tudo tremido, porque eu tento fazer tudo ao mesmo tempo, olhar para ela, concentrar-me em todos os seus gestos, comover-me, cairem-me as lágrimas e ter a máquina a filmar e a fotografar-bem hajam as máquinas já fazerem as duas coisas ao mesmo tempo, sim, porque antes tinha a máquina de filmar numa mão e a de fotografar noutra...já para não falar quando ainda trazia uma terceira máquina que dava ao meu marido para ele fotografar caso as outras não ficassem bem, paranoia eu sei).
Ela lá estava concentradissima, séria, a ter a noção da importância do seu papel naquela festa, só se desconcentrou uma vez, foi quando nos viu, nos fixou e fez aquele sorriso maravilhoso.
E nós pais babados lhe dizemos adeus e com o olhar transmitimos que estamos ali e que ela está linda.
Percebi no fim da festa que tenho fama de mãe chorona...quando professores e auxiliares em vez de perguntarem à Joana:Então correu bem?Perguntaram:Então a mãe chorou?
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