29 fevereiro 2012

Pequenos prazeres da vida

Excerto da minha crónica na revista Eles e Elas-Abril 2007


“Um coração cheio de louvor encontra alegria em muitas coisas — em aprender algo novo, em passear por um bosque, em encontrar um amigo, em ver uma vista bonita, em preparar uma refeição, em dar um presente, em ensinar uma criança, em ajudar alguém necessitado, em encontrar maneiras de servir, em descobrir uma nova verdade, em dar valor a uma verdade antiga, em fazer uma oração a Deus, em transmitir o Seu amor de maneiras simples ou mais esmeradas. Existem muitas coisas na vida que nos trazem felicidade — coisas simples, pequeninas, alegres e preciosas.”
— Chloe West

Decidi escrever esta crónica sobre os pequenos prazeres da vida.

Acabei de passar por uma fase de muito trabalho, andei num ritmo alucinante e stressante, e por mais que me organizasse(e sou uma pessoa irritantemente organizada) parecia que o tempo não chegava para nada.

É nestes tempos agitados, que sentimos falta daqueles pequenos prazeres da vida, que muitas vezes nos acompanham no dia-a-dia, e só nestas alturas damos a devida importância.

O meu maior luxo é ter tempo. Tempo para mim. Tempo para as pessoas de quem gostamos. Tempo para fazer só aquilo que nos apetece, tempo para disfrutar os pequenos prazeres da vida.

Muitas vezes perguntam-me se sou uma mulher realizada e feliz. Sou uma mulher realizada a nivel profissional e pessoal sem dúvida. Feliz a 100% não.

Desde que perdi os meus pais que a minha felicidade vai ser sempre limitada. Por mais momentos felizes que eu tenha não os tenho cá para partilhar esses momentos comigo e o que é a felicidade se não a pudemos partilhar com quem mais gostamos?

Mas isso não faz de mim uma pessoa amarga ou infeliz. Faz de mim uma pessoa realizada e que aproveita os pequenos prazeres da vida e sempre que tem tempo usa e abusa dele, pois começa a ser tão raro que é mesmo dos meus maiores luxos.

Eu basicamente não tenho tempo para nada...Tenho que me dividir entre várias coisas no meu dia a dia e ter tempo para mim para o que quer que seja começa a ser complicado.

Mas há vezes que tenho que ser exigente comigo própria e obrigar-me a ter esses momentos para não dar em louca. E de vez em quando tiro um dia sem atender o telefone para ir ao ginásio, fazer exercicio, sauna, banho turco, ir ao cabeleireiro, fazer umas compras ou simplesmente deitar-me na cama a ouvir música e não pensar em absolutamente nada.

Quando estou em alturas de muito stress e durmo mal acordo olho para o espelho e apetece-me enfiar-me na cama outra vez tais são os sinais de cansaço, mas como sou positiva por natureza, ponho logo a música aos gritos, tomo um bom banho, capricho na roupa e na maquilhagem e volto a sentir-me bem outra vez.

Há dias que me considero a mulher mais bonita do mundo há outros que nem penso nisso, tudo depende do estado de espirito. Acho que o importante é a alegria de viver, e isso transmite-se no brilho do olhar ou na sinceridade de um sorriso.Com isso qualquer pessoa é uma pessoa bonita.

Acho que fazem falta grandes festas na nossa sociedade e são essas as que mais gosto de fazer, aquelas que chamo festas de sonho, festas chave na mão. Estou a direccionar-me cada vez mais nesse sentido, porque acho que temos que mexer um bocadinho na mentalidade dos portugueses.

Mudar o hábito de se ir a um evento só por ir, de sair só à sexta e ao sábado, das pessoas se porem bonitas só em alturas especiais.

A melhor coisa que um cliente me pode propor hoje em dia é: Marta preciso de uma festa de raiz, com tudo o que isso envolve, espaço, conceito, decoração, música, convidados, animação, deixo tudo ao seu critério. Idealizar, produzir e organizar esse tipo de festas é o que mais me satisfaz.

Os seres humanos têm uma relação conflituosa com a existência.

Se a vida é “um bem precioso”, também é “cara” ou “difícil”. Quanto a mim não tenho dúvidas: a vida é complicada, mas vale a pena.

E às vezes são mesmo os pequenos prazeres - e não os grandes triunfos - que fazem a vida valer a pena.

Pequenos detalhes perfeitos que podem ser ignorados no nosso dia-a-dia por serem comuns: estão sempre ali.

Temos que reparar no que é especial para sentir o prazer da vida? Ou temos que viver a vida e aproveitar cada momento?

Não devemos esperar por algo fora dos padrões para ser feliz, para estar feliz.

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