29 fevereiro 2012

Pessoas bem resolvidas

Excerto da minha crónica na Revista Eles E Elas-Abril 2008


“Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito" William Shakespeare

Nem toda a gente vive os 30 da mesma maneira. E às vezes tenho dificuldade de encontrar pessoas bem resolvidas com a vida. Porque acho que a partir dos 30 é isso mesmo, podemos ainda não saber o que realmente queremos, mas acho que sabemos bem o que não queremos mesmo!

Já pensei que podiam ser fases e que essas aconteciam em qualquer idade, temos fases mais sociais, outras menos, fases em que apetece-nos sair sem parar e outras que nos apetece estar no sossego do nosso lar.

Mas como eu e a maioria dos meus amigos estamos estou nos trinta decidi escrever sobre a minha realidade.

Em conversa com a minha amiga Rita Ferro entrámos numa de revivalismos e começámos a comparar este nosso ano com o ano passado.

Tem sido bem diferente. O ano passado saímos todas as noites, andávamos numa roda viva para conciliar trabalho, família e diversão e conseguíamos mesmo que para isso dormíssemos poucas horas por dia, foi um ano fantástico em que nos sentíamos bem connosco próprias, com os outros, com a nossa vida. Estávamos bem resolvidas.

E o engraçado é que este ano tem sido completamente diferente e tem sido tão bom ou melhor. Por isso o nosso bem estar e a nossa felicidade pode não ter a ver com as ditas fases mas sim com a maneira como nos sentimos connosco próprios.

E o que tenho constatado à minha volta e me tem feito uma certa confusão é que a maioria das pessoas se deixa influenciar por tudo o que os rodeia.

Mudam conforme as situações, conforme os locais e conforme os momentos e na minha opinião isso não ajuda a que uma pessoa tenha a cabeça resolvida e que se deixe levar, como se costuma dizer “go with the flow” e acho que essa é sem dúvida uma boa maneira de passarmos por esta vida.

As pessoas continuam a importar-se muito com a vida uns dos outros, a compararem-se uns com os outros, a invejarem, a meterem-se onde não são chamados, sem olharem primeiro para si mesmos. E isso é uma das maiores formas de hipocrisia, porque nunca se mostram na sua verdadeira essência.

A minha sugestão nesta crónica é que as pessoas se relaxem, não dêem tanta importância a pormenores insignificantes, que aconselhem as pessoas que as rodeiam sem se meterem e sem interferirem directamente na vida delas.

Quando aprendemos por nós próprios conseguimos tirar as melhores lições e conseguimos arrumar as coisas na nossa cabeça à nossa maneira e não há melhor maneira de pensar do que a nossa.

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