29 fevereiro 2012

Make it Happen

 Excerto da minha crónica na Revista Eles Elas-Outubro 2008

Decidi começar esta crónica ao contrario no tempo. E porquê? Porque numa fotografia da minha recente viagem que o Filipe me tirou no aeroporto de Amsterdão, atrás de mim está uma placa que diz ”Make It Happen”, nem reparámos quando a fotografia foi tirada e quando a vi pensei...não há melhor frase para começar a minha crónica deste mês pois é uma frase em que acredito totalmente.

Está nas mãos de cada um de nós fazer acontecer, perseguir os nossos objectivos para concretizarmos os nossos projectos de vida e por falar em projectos de vida vou já voltar ao inicio do tempo desta crónica: O nascimento da minha filha Joana, que aconteceu uns dias depois da minha filha mais velha, a Mónica fazer 6 anos.

E é engraçado pois a Joana é a minha terceira filha e foi tão especial como se fosse a primeira ou a segunda.

É fruto de um novo amor que nos rejuvenesce, que nos dá força, que nos faz sonhar e que ao mesmo tempo que nos faz levitar também nos dá segurança e serenidade.

Em questões de amor não me posso queixar, do meu primeiro casamento ficou um melhor amigo e duas filhas maravilhosas e agora vivo um amor maduro, fruto das certezas dos 30 anos, e não falo das certezas do que quero porque é esse o motor da vida, o aparecimento diário de novos sonhos, novos objectivos, falo das certezas do que não quero.

E isso é muito importante, porque sinto que estou numa fase em que já eliminei muitas coisas com as quais não interessa perder tempo.

E deste amor nasceu a minha Joaninha, não sei dizer com quem é parecida, pois desde que nasceu já mudou muito e já teve fases em que a achei parecida com o Filipe e fases em que a achei parecida comigo e com as irmãs.

Agora olho para ela e não interessa com quem é que é parecida, ela é única e é ela. A Joana tem agora quase 3 meses e faz as delicias de todos cá de casa. Está sempre bem disposta e a rir e nunca a ouvimos chorar...só a refilar quando tem fome...

Está muito gordinha porque só come e dorme. A Mónica e a Vera estão sempre a olhar por ela e são uma óptima ajuda.

Uma semana depois da Joana nascer fomos para S.Martinho, as nossas primeiras férias todos juntos. Foi um verão especial, pude mostrar S. Martinho e todos os seus segredos ao Filipe, eram as primeiras férias da Joana e no fundo estar com as pessoas que mais amo no local mais especial para mim de todos.

O resto da família também lá estava toda de férias e aproveitaram para conhecer o novo membro da família. O meu irmão e a namorada, a Maria também foram lá passar uns dias a casa e ai sim estava tudo completo, porque sei que os meus pais também estavam lá connosco, orgulhosos e felizes por nós estarmos felizes também, pois se essa foi sempre a preocupação deles enquanto cá estiveram lá em cima não nos devem largar um segundo.

Voltámos e comecei logo a trabalhar, eventos, reuniões, a azáfama do costume da rentrée. Confesso que não foi fácil com uma filha de um mês, com o inicio das aulas das mais velhas conciliar tudo, mas lá fui conseguindo.

Tento dar um cunho pessoal a todos os meus trabalhos e isso às vezes é humanamente impossível, mas graças a Deus tenho contado com a ajuda de óptimos profissionais com os quais tenho trabalhado e que têm partilhado comigo os sucessos dos eventos. E é uma sensação tão boa, dar tudo por tudo profissionalmente e ver que as coisas correm bem e que sou reconhecida por isso.

Mas por mais ajudas e por mais que me ache a super mulher o cansaço acumulado começou a dar sinais e o Filipe fez-me uma surpresa ou melhor um ultimato, comprou dois bilhetes para Los Angeles e apareceu em casa a dizer: Faz as malas que o voo é amanhã...

Fiquei feliz, mas à medida que a hora de irmos para o aeroporto se aproximava, a minha angustia aumentava, despedimo-nos das gordas e fomos, quando entrei e me sentei no avião tive uma sensação estranhíssima, uma angustia, uma falta de ar, um ataque de nervos e cheguei a dizer ao Filipe que não conseguia ir, para sairmos do avião, o que vale é que não há pessoa mais calma que o Filipe e que com a sua maneira típica tranquila desdramatizou a situação.

Lá consegui descontrair e deixar de pensar angustiosamente nas minhas gordas e sim ter pensamentos agradáveis sabendo que elas iam ficar bem.

E apesar delas não me terem saído da cabeça um minuto, foi uma semana fantástica numa cidade mágica, que conhecemos duma ponta à outra. No regresso fizemos escala em Amsterdão e aproveitámos para ir visitar a cidade, linda...

Quando chegámos atirei-me para os braços das minhas filhas e tive um dia inteiro agarrada a elas antes de regressar ao trabalho.

Make it Happen!

 O MAPSHOW está no FACEBOOK!Siga-nos por lá também!

Sem comentários:

Enviar um comentário